06/10/2009

Negativa de exames e reajustes lideram reclamações contra planos de saúde


Dificuldade para ter acesso a consultas, exames ou internações; reajustes por faixa etária muito além do esperado; problemas para conseguir o reembolso e atendimento insatisfatório. Essas queixas fazem parte da rotina de reclamações contra planos de saúde no Procon-SP. Em São Paulo, o órgão registrou 5.325 consultas sobre convênios médicos, segundo balanço de fevereiro até 5 de agosto, com queixas, dúvidas e orientações. Para o Procon-SP, as reclamações por falha ou por falta de atendimento indicam problemas com o contrato. Nesses casos, falta clareza nas informações sobre reajustes e sobre a cobertura dos planos. Para evitar esses problemas, o consumidor deve prestar muita atenção na hora de contratar um convênio. O cuidado redobrado é importante porque, na venda do plano de saúde, muitos representantes não prestam informações adequadas. Nesse momento, é preciso perguntar detalhes sobre a rede credenciada e a abrangência do convênio. O cliente precisa verificar onde estão os laboratórios, os hospitais e os médicos e conhecer as opções de atendimento oferecidas próximas de sua casa. Segundo o Procon-SP, os consumidores também sofrem com a rede credenciada (os laboratórios, consultórios e profissionais do convênio). Nessa área, as principais queixas são quanto ao tamanho da rede. Os clientes são afetados por mudanças não previstas, como o descredenciamento de profissionais ou de laboratórios, sem substituição ou aviso. Quando a reclamação é sobre o mau atendimento da operadora, os clientes reclamam da qualidade do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) por demora no atendimento ou pela não solução do problema. Para a Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), muitas reclamações ocorrem por falta de informação do consumidor. "Ele cria uma expectativa sobre o plano que não corresponde ao que ele contratou", diz a diretora-executiva da Fenasaúde, Solange Beatriz Mendes.

Fonte: Agora São Paulo